O exército dos Estados Unidos foi infiltrado por agentes do movimento gulenista, alegou o jornal turco Hürriyet, ao mencionar um memorando de inteligência produzido por Ancara.
Conforme a reportagem, o irmão de um membro condenado do grupo lidera esforços no exterior para infiltrar seu grupo no Pentágono e nas Forças Armadas dos Estados Unidos.
O movimento gulenista — criminalizado pela Turquia como FETÖ, ou Organização Terrorista Fethullahista — é supostamente comandado pelo clérigo islâmico Fethullah Gulen, que vive no exílio em solo americano.
Gulen é acusado de liderar esforços para tomar o poder na Turquia, em julho de 2016, além de supostamente infiltrar agentes em repartições públicas e quartéis do exército. Sua organização possui instituições de ensino e membros em todo o mundo.
A Turquia sugere agora que o movimento gulenista possui infiltrados também no exterior.
O memorando supracitado afirma que Nizamettin Gül, chefe do Departamento de Toxicologia Analítica do Instituto de Pesquisa Médica para Defesa Química dos Estados Unidos, fez uso de seu cargo para coletar dados sensíveis em nome de Gulen.
Após 2016, seu irmão, Esalettin Gül, foi detido e sentenciado a sete anos e meio de prisão por integrar a liderança do ramo gulenista de Erzurum, província ao leste da Turquia.
Segundo o periódico turco, próximo ao governo de Erdogan, ambos os irmãos Gül são diretamente ligados a Fethullah Gulen e seu círculo próximo.
Gulen reside hoje no estado da Pensilvânia. Ancara reivindica sua prisão e deportação, ao acusá-lo de sedição e terrorismo. Todavia, Washington ignorou suas demandas, até então.
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