Na última segunda-feira (21), Michael Lynk, relator especial das Nações Unidas, confirmou que Israel comete crimes de apartheid nos territórios palestinos ocupados.
Lynk, responsável por investigar abusos de direitos humanos nas terras ocupadas, constatou que a situação em campo preenche os critérios de apartheid conforme as leis internacionais.
O sistema político, reiterou Lynk, assevera a supremacia e hegemonia israelense sobre a população nativa.
“Nos territórios ocupados em 1967, há agora cinco milhões de palestinos apátridas que vivem sem direitos, em um estado grave de subjugação, sem qualquer chance de autodeterminação ou viabilidade a um estado independente, a despeito das iteradas promessas da comunidade internacional”, declarou o investigador da ONU.
LEIA: Desmorona a narrativa israelense para o ‘muro do apartheid’
“As diferenças nas condições de vida e direitos de cidadania são veementes e profundamente discriminatórias e mantêm um sistema institucionalizado de opressão”, reiterou seu relatório.
O documento compilado pelo professor de direito internacional nascido no Canadá é a primeira vez que um relator da ONU corrobora o apartheid israelense. Desta maneira, Lynk faz coro com influentes grupos de direitos humanos sobre a situação em campo na Palestina ocupada.
Tel Aviv, não obstante, insiste que as análises de Lynk e das outras organizações são infundadas, com suposto intuito de difamar o estado sionista.
“Este relatório recicla calúnias ultrajantes previamente divulgadas por ongs que partilham do mesmo objetivo de seu autor: deslegitimar e criminalizar Israel pelo que é, um estado-nação para o povo judeu, com direitos iguais a todos os cidadãos, não importa sua religião, raça ou gênero”, declarou o governo israelense em nota.