A Associação Palestina para Direitos Humanos (Shahed), sediada em Beirute, condenou nesta quinta-feira (24) a política israelense de transferir crianças e adolescentes à prisão domiciliar, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
Em nota, a organização observou que as autoridades da ocupação continuam a oprimir a população nativa, sobretudo os palestinos de Jerusalém.
Neste entremeio, até mesmo menores de 14 anos são detidos em suas casas. “Israel ignora todas as convenções e tratados internacionais”, reiterou o comunicado, ao constatar que o autoproclamado estado judaico “procura subjugar as famílias palestinas de diversas formas”.
Segundo a Shahed, Tel Aviv adota a política de prisão domiciliar para “reduzir o número de menores nas prisões e conservar uma imagem de suposta democracia ante a comunidade internacional”.
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Conforme a denúncia, as crianças são então confinadas em suas casas ou de familiares, sob restrições ilegais a suas liberdades de movimento, incluindo uso de tornozeleira eletrônica”.
Para a ong, a prisão domiciliar pode ser ainda mais prejudicial à infância do que o próprio encarceramento, dado que Israel estende a sentença reiteradamente, por períodos ainda maiores.
A Shahed urgiu o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) a agir em nome dos direitos dos menores palestinos e condenar as medidas repressivas e abusos humanitários perpetuados por Israel contra a comunidade nativa.
Segundo dados compilados por organizações que monitoram a questão dos prisioneiros, cerca de 500 a 700 crianças são presas anualmente pelas autoridades da ocupação; em torno de 130 crianças em Jerusalém permanecem sob prisão domiciliar.
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