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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel instrui soldados na Cisjordânia a compilar dados sobre os palestinos

Jovens palestinos em seus celulares [Ibraheem Abu Mustafa/Reuters]

O exército israelense emitiu ordens para que seus soldados na Cisjordânia ocupada coletem detalhes pessoais e fotografias de ao menos 50 cidadãos palestinos por dia, para incluir tais informações no sistema de monitoramento militar Lobo Azul, reportou o Haaretz.

Soldados que não cumprirem a cota terão folga e privilégios suspensos até fazê-lo.

O sistema Lobo Azul está em operação há dois anos e meio para compilar dados de identidade, idade, gênero, endereço, identificação de veículos, vínculos familiares e status de trabalho dos cidadãos palestinos. Efetivamente, trata-se de um instrumento de vigilância.

Segundo o jornal israelense, soldados recém-transferidos à Cisjordânia ocupada reclamaram a seus comandantes sobre a meta estabelecida. “A medida transforma a ampliação deste banco de dados nossa principal missão, às custas de proteger o público”, alegou uma fonte.

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As ordens para coletar dados surgem do pretexto de que os soldados estejam estacionados em localidades sensíveis, como entroncamentos e pontos de resistência.

“Alguns soldados sentem que tais atividades, direcionadas contra os palestinos, contradizem seu senso de consciência”, afirmou o Haaretz. “Após o apelo dos quartéis, os comandantes reagiram com um esclarecimento sobre as diretrizes originais”.

Soldados incumbidos da tarefa indicam que “a diretiva surge de uma competição no Comando Central pelo maior número de carregamentos no sistema, pois parece importante aos agentes responsáveis demonstrar força junto ao alto escalão”.

Um porta-voz do exército argumentou que as instruções foram deferidas no contexto de combater o “terrorismo”, como forma de executar operações de inteligência em campo.

Em 11 de novembro, o The Washington Post publicou uma reportagem sobre o monitoramento extensivo imposto por Israel sobre os residentes palestinos de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, incluindo reconhecimento facial via câmeras de vigilância e smartphones.

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Um vídeo foi divulgado para explicar aos soldados como conduzir o registro, ao associar rostos com placas de carro em menos de um segundo. A ferramenta militar consegue identificar seus alvos mesmo que estejam vestindo máscara de proteção devido ao coronavírus.

O mesmo vídeo, entretanto, evidencia práticas contrárias aos direitos humanos e à privacidade dos palestinos, incluindo os chamados cidadãos árabe-israelenses, que eventualmente estejam na Cisjordânia ocupada.

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