Muito se fala em metaverso, principalmente após o Facebook ter anunciado, em 28 de outubro de 2021, a mudança do nome da holding para Meta. Assim, a aposta em torno desse novo universo virtual ganhou tração adicional e aguçou a curiosidade de toda a comunidade e não somente daquela que gira em torno da tecnologia.
Analisando o interesse pelo assunto, podemos notar como o novo conceito vem se aproximando cada vez mais da realidade.
Para alguns pode ser considerada uma segunda chance para o formato. Em meados de 2004 o Second Life fez um barulho similar, mas acabou não sendo o sucesso que prometia. Muito mais fumaça do que fogo.
Para outros, algo totalmente fora da realidade (o que realmente é, na verdade!). Ninguém vai sair por aí usando um grande equipamento no rosto para viver um mundo virtual.
Apesar da exploração do termo atualmente remeter ao uso de realidade virtual como jogos, o metaverso é a oportunidade de colocar a tecnologia a serviço da humanidade e não como forma de seu isolamento da realidade.
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Se analisarmos o conceito principal do metaverso como “[…] um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de “realidade virtual“, “realidade aumentada” e “internet“ “, podemos identificar uma nova realidade que poderá auxiliar ainda mais o relacionamento comercial entre nações.
O potencial tecnológico embarcado no conceito já vem sendo usado para facilitar negócios, como a Plataforma Ellos, lançada no fim de 2020 pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira para facilitar negociações e registrar negociações de forma descentralizada com o uso de blockchain.
Levando o conceito principal adiante, o metaverso pode se tornar uma das maneiras mais efetivas de conhecer e testar produtos no meio virtual e realizar as negociações e processamento das transações de forma automática em redes seguras.
Isto é, ambientes virtuais dinâmicos podem quebrar diversas barreiras como distância, idioma, cultura, etc, e integrar locais digitais com linhas de produção físicas, por exemplo.
Imagine a realização de uma feira de negócios onde brasileiros falam português, árabes falam árabe e o próprio ambiente dinamiza a conversa fazendo com que todos se entendam de uma forma simples e sem barreiras?
Imagine você realizar inspeção em uma fábrica, validar documentos, testar produtos, analisar lotes de produção, entre outras etapas do processo comercial de produtos de forma simplificada em uma plataforma virtual como Roblox ou Decentraland?
Portanto, o metaverso tem um grande potencial de, não desconectar, mas aproximar as pessoas e os negócios de forma sem precedentes. Deve ser mais um canal que possibilite a ligação com tudo de mais tecnológico que já temos no mundo e facilitar o relacionamento entre as nações, independente da distância ou da língua falada pelos lados.
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A sugestão é: não pense que o metaverso não é para seu negócio. Estude e veja o que pode-se aprender sobre o futuro do digital.
Na pior das hipóteses, você aprenderá muito! Como já disse Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”.
Publicado originalmente em Anba
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