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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel usa reunião com países árabes para anunciar novo ‘aparato de segurança’ do Oriente Médio

Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em Bruxelas, Bélgica, em 4 de março de 2022 [Thierry Monasse/Agência Anadolu]

No que está sendo retratado como uma cúpula inovadora, os principais diplomatas de Israel, EUA e quatro países árabes discutiram a criação de uma nova arquitetura de segurança hoje cedo. Apelidada de “Cúpula do Negev”, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, reuniu-se com seu colega norte-americano, Antony Blinken, e os ministros das Relações Exteriores do Bahrein, Egito, Marrocos e Emirados Árabes. Os países árabes normalizaram controversamente os laços diplomáticos com o Estado de ocupação em 2020 durante o governo de Donald Trump, enquanto o Egito foi o primeiro Estado árabe a assinar um tratado de paz com Israel, em 1979.

“O que estamos fazendo aqui é fazer história – construindo uma nova arquitetura regional baseada em progresso, tecnologia, tolerância religiosa, segurança e cooperação de inteligência”, disse Lapid, que organizou a conferência.

“Essa nova arquitetura e as capacidades compartilhadas que estamos construindo”, acrescentou Lapid, “intimidam e desencorajam nossos inimigos comuns – em primeiro lugar, o Irã e seus representantes”. Lapid também mencionou que a cúpula se tornará um “fórum regular”. No entanto, não há relatos de qualquer acordo formal sendo assinado com os países árabes sobre a nova arquitetura de segurança.

Abraçando plenamente os chamados Acordos de Abraham negociados por Trump, Blinken disse que “há apenas alguns anos esse encontro seria impossível de imaginar”. O secretário de Estado dos EUA, no entanto, afirmou que os Acordos de Abraham não substituem a questão palestina, acrescentando que essa questão foi levantada durante a cúpula.

Os governos árabes presentes também sustentaram que a cúpula deve progredir na implementação de uma solução de dois Estados para os palestinos, com Jerusalém Oriental ocupada por Israel como sua capital.

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A cúpula ocorreu em Sde Boker, uma pequena cidade desértica no sul de Israel que foi o último lar de David Ben-Gurion, o primeiro primeiro-ministro de Israel. Houve um pequeno protesto do lado de fora, chamando a atenção para a ocupação da Palestina por Israel. Um grupo segurava uma faixa que dizia: “Não está faltando alguém?”, em referência aos palestinos.

Falando em uma coletiva de imprensa na Faixa de Gaza, facções palestinas descreveram o encontro como “a cúpula da vergonha no Negev ocupado” e uma “punhalada nas costas” do povo palestino, que vem enfrentando ataques israelenses “selvagens” por mais de sete décadas.

“A verdadeira ameaça ao povo árabe é a ocupação sionista”, insistiram as facções. A cúpula, disseram eles, visava comercializar a formação de uma aliança árabe-sionista como uma extensão da OTAN, que enfrenta o maior desafio da história recente após a invasão russa da Ucrânia.

O grupo de direitos humanos pediu a Blinken que use sua visita a Israel e à Palestina para reafirmar o compromisso dos Estados Unidos com o direito internacional e os direitos humanos.

“Não há melhor momento para o secretário Blinken mostrar ao mundo que os EUA manterão Israel nos mesmos padrões da lei internacional, proibindo a anexação e a aquisição ilegal de território através do uso da força que está usando para exigir o fim da invasão e ocupação da Ucrânia pela Rússia”, disse Sarah Leah Whitson, diretora executiva da Democracy for the Arab World Now (DAWN).

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