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Egito estende prisão de jornalistas da Al Jazeera

Prédio do Al Jazeera em Doha, Catar, 22 de março de 2011 [Benjamin Lowy/Getty Images]

Nesta terça-feira (29), o Tribunal Penal do Cairo estendeu o mandado de detenção contra dois jornalistas da rede de notícias Al Jazeera Mubasher. Hisham Abdelaziz e Bahaa El-Din Ibrahim continuarão detidos por mais 45 dias à espera de uma investigação.

Abdulaziz passou mais de mil dias atrás das grades, desde sua apreensão durante uma visita de família à capital. Sua custódia foi renovada reiteradamente pelas autoridades locais, apesar de exceder o período legal de detenção preventiva.

Ibrahim está em “detenção preventiva”, isto é, sem julgamento, há 750 dias.

Outros dois jornalistas da Al Jazeera, Ahmed al-Najdi e Rabie al-Sheikh permanecem presos no Egito. Todos os prisioneiros foram capturados durante viagens de férias ao país norte-africano.

A rede catariana exortou diversas vezes as autoridades a “libertar imediatamente os jornalistas presos”. Além disso, pediu a organizações internacionais — sobretudo em defesa da liberdade de imprensa — que repudiem as prisões arbitrárias contra a categoria conduzidas pelo regime de Abdel Fattah el-Sisi.

O presidente e general prendeu milhares de opositores políticos desde 2013, quando tomou o poder via golpe de estado. Dentre os prisioneiros, estão jornalistas. Suas ações são repudiadas por governos estrangeiros e órgãos de direitos humanos.

LEIA: Egito executa sete presos políticos, diz grupo de direitos humanos

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