O Sindicato Geral Tunisiano do Trabalho (UGTT) instou nesta terça-feira (29) o presidente Kais Saied a dissolver o parlamento, cujas operações permanecem suspensas, sob o pretexto de antecipar as eleições legislativas no país.
Noureddine Taboubi, secretário-geral da entidade trabalhista, alegou à rádio Mosaïque FM que a solução à crise vigente na Tunísia é “dissolver o parlamento e antecipar as eleições ao legislativo”. Contudo, criticou a “hesitação” de Saied.
“Reconstruir um país exige parceria com a sociedade civil e todas as forças nacionais”, declarou Taboubi, ao reiterar o apoio de seu sindicato às medidas adotadas por Saied em julho último — descritas por boa parte dos movimentos políticos como “golpe” contra a constituição.
Fontes parlamentares relataram à rede Al-Quds Al-Arabi que a Corte de Primeira Instância da Tunísia rejeitou uma queixa registrada pelo Partido Desturiano Livre contra apelos de Rached Ghannouchi, presidente do legislativo, para realizar uma sessão online nesta quarta-feira (30).
Os parlamentares planejam debater medidas para revogar os decretos outorgados por Saied desde o congelamento dos poderes da câmara, no último ano.
Taboubi contestou tais esforços: “A quem quer que peça por outra legitimidade, dizemos: olhem para si. É claro que somos contra a reunião do plenário convocada por Ghannouchi. Essas pessoas estão equivocadas … a Tunísia não está dividida entre leste e oeste”.