Na noite desta quarta-feira (30), colonos israelenses vandalizaram dezenas de carros palestinos por toda a Cisjordânia ocupada, reportou a agência de notícias Wafa.
Conforme testemunhas locais, um grupo de colonos atirou pedras contra veículos árabes que passavam pela via de acesso da aldeia de Rameen, a norte de Tulkarm, causando danos a um táxi e ferindo seus passageiros.
No distrito de Nablus, perto das aldeias de Burin e Burqa, colonos reuniram-se nos principais entroncamentos rodoviários para atirar pedras contra veículos árabes.
Ghassan Daghlas, responsável por monitorar as violações israelenses na área, observou que colonos também atacaram uma residência em Asira al-Qibliya, ao sul de Nablus, e picharam mensagens racistas em sua fachada.
Pneus foram rasgados e janelas foram quebradas por toda a região.
Daghlas advertiu para o aumento nos níveis de violência colonial, que costuma se materializar por meio de pichações, vandalismo e danos a propriedades; porém, agressões físicas são cada vez mais comuns, levando a feridos e mesmo mortos.
LEIA: Colonos de Israel arrancam 170 oliveiras na Cisjordânia ocupada
A última onda de ataques, na última madrugada, sucede um apelo da União Europeia para proteção da população palestina, a fim de dissuadir os colonos ilegais de atos de violência.
“Colonos israelenses feriram palestinos, incendiaram carros e danificaram estruturas comerciais em diversas partes da Cisjordânia”, declarou no Twitter a delegação europeia para os territórios ocupados. “O aumento da violência colonial apenas alimenta tensões”.
A delegação insistiu então que os palestinos devem receber proteção sob as obrigações de Israel, como potência ocupante, previstas pela lei internacional. “É imperativo fazê-lo para evitar maior violência às vésperas do Ramadã, do Pesach e da Páscoa, em abril”.
A violência colonial, perpetrada por extremistas judeus contra os palestinos nativos e suas propriedades, é uma ocorrência diária na Cisjordânia. Segundo a lei internacional, todos os assentamentos nas terras ocupadas são considerados ilegais.
LEIA: Família de ativista palestino falecido acusa Autoridade Palestina de encobrimento