A ministra do Interior italiana, Luciana Lamorgese, confirmou, na quarta-feira (30), que os fluxos de imigração ilegal para as costas italianas vindas da Líbia, Tunísia e Argélia estão em declínio contínuo desde novembro passado.
Durante uma audiência perante a Comissão Parlamentar para acompanhar a implementação do Acordo de Schengen, supervisionando as atividades da Europol e o controle da imigração, a ministra disse: “Assistimos a uma diminuição da pressão imigratória dos vindos da Tunísia após uma tendência iniciada em setembro de 2021 e reforçada nos dois primeiros meses deste ano de 2022”.
“De 1º de janeiro a 29 de março, o número de 1.494 tunisianos chegou à Itália, enquanto o número de chegadas no mesmo período do ano passado foi de 2.080, com uma queda de 27 por cento”, acrescentou Lamorgese.
A ministra afirmou que a tendência de queda foi também para as chegadas da Líbia, confirmando que em março deste ano chegaram 437 imigrantes da Líbia, lembrando que o número era de 1.505 em março do ano passado.
Ela destacou que apenas 55 imigrantes da Argélia foram registrados desde o início de 2022, em comparação com 253 no mesmo período do ano passado, confirmando que nenhum imigrante da Argélia foi registrado nos últimos dois meses.
Lamorgese afirmou que o número de imigrantes que chegaram à Itália de 1º de janeiro a março de 2022 foi de 6.701 imigrantes e outros 3.323 como resultado de operações de busca e salvamento. Referiu que 1.595 deles chegaram após a intervenção de navios de organizações não governamentais, sublinhando que as operações de autoatracação ascenderam a 3.378.
Acrescentou que o número de imigrantes que chegaram à Itália em 2021 ascendeu a 67.477 imigrantes, confirmando que a maioria dos imigrantes ainda navega das costas da Líbia e da Tunísia.