Itamar Ben-Gvir, parlamentar israelense de extrema-direita, invadiu nesta quinta-feira (30) o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, sob forte escolta policial, reportou a imprensa palestina, corroborada pela agência Anadolu.
Ben-Gvir adentrou o local após consentimento da polícia israelense, às vésperas do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.
Em nota, o Departamento de Recursos Islâmicos destacou que Ben-Gvir invadiu o local por meio do Portão de Mughrabi. Uma mulher palestina foi presa pelas forças israelenses em torno de Bab Al-Asbat (Portão do Leão), ao norte da mesquita, confirmou o comunicado.
Em 2003, o governo israelense permitiu a entrada de colonos ilegais em Al-Aqsa, a despeito de protestos da entidade que administra os lugares sagrados de Jerusalém. Desde então, a polícia ocupante permite o acesso a cidadãos judeus, exceto nas sextas-feiras e sábados.
As “visitas” dos colonos são divididas em dois turnos: na manhã e após a oração da tarde.
Há receios sobre invasões e confrontos durante a Páscoa Judaica (Pesach), que coincide com a terceira semana do Ramadã.
A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos. Colonos sionistas descrevem a área como “Monte do Templo”, ao reivindicá-la como localidade de dois templos judaicos nos tempos antigos.
Nos últimos meses, Ben-Gvir ergueu uma tenda no bairro ocupado de Sheikh Jarrah, também em Jerusalém, e conduziu visitas provocativas a famílias palestinas na área de Bab al-Amoud.
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