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Sindicato da Tunísia alerta para greve do setor público por reformas econômicas

Trabalhadores tunisianos da União Geral dos Trabalhadores Tunisianos participam da abertura do 23º congresso do sindicato na capital Túnis [Fethi Belaid/AFP via Getty Images]

A influente União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT) alertou para uma greve do setor público em protesto contra as reformas econômicas propostas pelo governo, incluindo cortes nos subsídios e na massa salarial pública. O chefe do sindicato, Noureddine Taboubi, disse, na quarta-feira (30), que a ação de greve foi aprovada e que o órgão nacional da UGTT se reunirá em breve para decidir quando começará.

“Defendemos os pobres e marginalizados”, explicou Taboubi. “Não trairemos nossos princípios, custe o que custar.”

A Tunísia está conversando com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre maneiras de reduzir o déficit orçamentário. Um corte nos subsídios e na massa salarial pública é essencial, entre outras medidas, insiste o Fundo. No entanto, as propostas do governo para congelar salários, privatizar empresas estatais e eliminar subsídios no futuro são “inaceitáveis”, diz a UGTT.

O Banco Mundial concordou no início deste ano em emprestar US$ 400 milhões à Tunísia para ajudar cerca de 900.000 famílias tunisianas vulneráveis ​​a lidar com as repercussões econômicas e de saúde da pandemia de covid-19. O financiamento adicional continuará a fornecer transferências de dinheiro para famílias pobres e de baixa renda, ao mesmo tempo em que fortalece o sistema de proteção social.

A Tunísia vive uma turbulência política desde julho do ano passado, quando o presidente, Kais Saied, suspendeu o parlamento, demitiu o primeiro-ministro e seu gabinete e assumiu poderes executivos. As medidas de Saied foram amplamente rejeitadas pelos partidos políticos tunisianos, que as veem como um “golpe” contra a Constituição.

De acordo com Mohamed Yassine Jelassi, presidente do Sindicato dos Jornalistas da Tunísia, as autoridades têm pressionado os meios de comunicação para promover e servir a agenda de Saied. Isso, explicou, ameaça a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão no país.

LEIA: Tunísia deve racionalizar subsídios e controlar salários para reduzir déficit orçamentário, diz FMI

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