Ibrahim Kalin, porta-voz da presidência turca, destacou que a compra do sistema de mísseis russos S-400 é um “assunto encerrado” para seu país, que detém o segundo maior exército dentre os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Segundo Ancara, suas Forças Armadas precisam de tais mecanismos de defesa.
Kalin reafirmou a convicção de seu governo nesta semana, durante uma entrevista com Becky Anderson, repórter da rede internacional CNN.
“Dissemos aos americanos e outros que a questão dos mísseis S-400 é um assunto encerrado”, reafirmou Kalin. “Não estamos pensando em enviá-los a qualquer outro lugar”.
Kalin sugeriu também que, caso o Pentágono queira auxiliar efetivamente seu aliado na OTAN, poderia fazê-lo ao vender seus mísseis Patriot ao exército turco, além de “outros armamentos de qualidade dos quais precisamos”.
O assessor sênior do presidente turco Recep Tayyip Erdogan destacou que é “errado” que correligionários da OTAN sancionem uns aos outros.
“Penso que a guerra na Ucrânia voltou a demonstrar a importância deste princípio”, reafirmou. “Temos de nos unir não apenas nas palavras, mas nas ações … Se a OTAN impede a compra de aparatos de defesa dentre seus membros, que aliança é esta?”
Anderson questionou Kalin como negociar honestamente com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky enquanto roga pela compra de armas russas. Kalin alegou que a mesma pergunta deveria ser feita a outros estados, que detêm sistemas mais avançados que o S-400.
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