Abdel Fattah al-Burhan, comandante máximo do exército sudanês, afirmou que as Forças Armadas entregarão o poder “apenas” a um governo eleito, informou a agência Anadolu.
“As Forças Armadas estão unidas e não temem ninguém”, alertou al-Burhan durante cerimônia de graduação militar na noite deste sábado (2). “O exército continuará a servir o país e manter sua segurança e estabilidade”.
O general Al-Burhan, chefe do Conselho Soberano, órgão executivo do país, enfrenta alegações de servir a interesses tribais e paramilitares, sobretudo pela relação entre seu vice, Mohamed Hamdan Dagalo, e as Forças de Apoio Rápido.
O Sudão permanece sob impasse desde 25 de outubro de 2021, quando tropas de al-Burhan depuseram o gabinete civil do primeiro-ministro Abdalla Hamdok sob pretexto de “estado de emergência”, medida denunciada como golpe militar.
Antes dos avanços de al-Burhan, o Sudão era governado por um conselho executivo civil-militar, incumbido de monitorar o período transicional até eleições previstas para 2023.
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