O encontro entre o Secretário do Estado dos Estados Unidos Antony Blinken e Mohammed bin Zayed al-Nahyan, príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos (EAU), atenuou tensões entre os países, afirmou um diplomata sênior do estado do Golfo.
Conforme o site de notícias Axios, Yousef al-Otaiba, embaixador emiradense em Washington, descreveu positivamente a reunião em Rabat, capital do Marrocos, ao “pôr as relações entre Emirados e Estados Unidos de volta aos trilhos”.
A reunião de duas horas na última terça-feira (29) abrangeu uma série de matérias, incluindo Irã, Síria, normalização com Israel, invasão russa na Ucrânia e, sobretudo, mísseis disparados por rebeldes houthis do Iêmen contra o território emiradense.
Justamente tais ataques deram vazão a tensões entre Washington e Abu Dhabi.
O general Kenneth McKenzie, chefe do Comando Central dos Estados Unidos, demorou 22 dias para visitar o estado aliado a partir dos disparos; o príncipe recusou-se a recebê-lo. Além disso, os Emirados mostraram insatisfação pela protelação americana para designar os houthis como grupo terrorista.
Os Emirados decidiram então abster-se ao condenar a invasão russa contra a Ucrânia, durante sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, apesar dos apelos da Casa Branca.
Durante seu encontro com bin Zayed, Blinken assegurou que seu governo permanece comprometido em ajudar Abu Dhabi a defender-se contra ameaças regionais.
Blinken culpou problemas de agenda e desencontros pela demora em encontrar-se com o príncipe e governante árabe. Ao saber de suas férias no Marrocos, o secretário americano decidiu seguí-lo para conduzir diálogos e favorecer a aproximação.
Logo após a reunião, os Estados Unidos impuseram novas sanções sobre figuras influentes envolvidas no programa balístico de Teerã, ao citar “ataques por procuração contra Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos”.
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