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Grupos de direitos humanos pedem ao FMI que vincule empréstimo ao Egito a mais proteção social

Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, EUA, em 15 de abril de 2020 [Saul Loeb/AFP via Getty Images]
Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, EUA, em 15 de abril de 2020 [Saul Loeb/AFP via Getty Images]

Sete organizações de direitos humanos pediram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que vincule o novo empréstimo que está sendo negociado com o Egito para que o governo conceda mais direitos econômicos e sociais ao seu povo e fortaleça a independência judicial.

Em 23 de março, o Egito solicitou oficialmente o apoio do FMI para ajudar a mitigar as consequências econômicas relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia.

As organizações – que incluem a Human Rights Watch (HRW) e o Instituto Tahrir para Políticas do Oriente Médio – disseram em comunicado divulgado ontem que o FMI não deve concordar com nenhum empréstimo que aumente ainda mais o custo de vida sem aumentar drasticamente o investimento em programas de proteção para “garantir o direito a um padrão de vida adequado, incluindo alimentação para todos”.

Segundo o comunicado, mesmo antes da pandemia, cerca de um em cada três egípcios – cerca de 30 milhões de pessoas – vivia abaixo da linha da pobreza, segundo a Agência Central de Mobilização Pública e Estatística do Egito (CAPMAS, na sigla em inglês), e um pouco mais de um terço foi considerado vulnerável, segundo o Banco Mundial.

O Egito subsidiou fortemente as importações de alimentos básicos para garantir o acesso a alimentos a preços acessíveis para seus mais de 102 milhões de habitantes. Contudo, em agosto de 2021, mesmo antes dos últimos choques de preços, o presidente, Abdel Fattah Al-Sisi, anunciou que o programa de subsídios ao pão, do qual dependem aproximadamente 70 milhões de egípcios, seria reduzido.

Em julho passado, o governo reduziu os subsídios para o óleo de girassol e soja em 20 por cento, e o óleo vegetal não misturado em 23,5 por cento devido à pressão do aumento dos preços no orçamento do governo.

LEIA: Ucrânia acusa Rússia de bloqueio de trigo com destino ao Egito

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