Mais de 300 mil pessoas em Omã ficaram desempregadas devido à pandemia

Trabalhadora usa máscara de proteção durante a pandemia de covid-19, no Aeroporto Internacional de Mascate, capital de Omã, em 1° de outubro de 2020 [Mohammed Mahjoub/AFP via Getty Images]

Mais de 300 mil trabalhadores ficaram desempregados no Sultanato de Omã nos últimos dois anos, sobretudo devido à pandemia de coronavírus, afirmou o Ministro da Economia Said bin Mohammed al-Saqri. A grande maioria eram trabalhadores imigrantes.

Durante entrevista na televisão local, reiterou al-Saqri: “O enorme impacto da pandemia não era esperado por ninguém no mundo e não há dúvida alguma de que a economia foi afetada, em particular, o setor privado”.

“Não deveríamos mensurar a performance do setor privado em 2020 e 2021, sob condições de pandemia, baixa demanda e outras razões que resultaram na saída de aproximadamente 300 mil trabalhadores de seus empregos”, acrescentou. “Destes, cerca de 7.500 eram omanenses”.

Conforme o ministro, no entanto, o setor privado deve voltar a crescer, após retorno de investimentos externos ao país ao longo do último ano.

Segundo o jornal Times of Oman, desde janeiro até 16 de março, mais de 475 trabalhadores omanenses foram exonerados, a maioria do setor administrativo e de construção civil.

Ao citar dados do Centro nacional de Estatísticas e Informações (NCSI), a rede Gulf News observou que, em 2021, mais de 58 mil imigrantes deixaram o país, embora a população estrangeira tenha mantido seu ascenso desde outubro.

Em meio a reformas fiscais e maior rendimento de petróleo e gás natural, a agência de crédito S&P Global Ratings prevê que a economia de Omã cresça 4% neste ano.

Na sexta-feira (1°), analistas aumentaram o ranking de crédito do sultanato, em moeda local e estrangeira, de “BB-” a “B+”. Trata-se primeira atualização positiva da agência em mais de dez anos.

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