O governo iemenita reiterou nesta segunda-feira (5) a necessidade de apoio econômico em três níveis distintos, para impedir o colapso das instituições de estado e a fome generalizada entre a população.
Neste sentido, o premiê Maeen Abdul-Malik exortou “apoio no campo da estabilidade cambial; metas de segurança alimentar; e provisão de serviços básicos, como eletricidade, água, saúde, educação e pagamento de salários”.
O Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, sofre de uma grave crise financeira. Sua moeda é cotada em mil riyals para cada dólar, comparado a 215 riyals por dólar antes da guerra.
Abdul-Malik sugeriu coordenação com “os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), assim como irmãos e amigos doadores e organizações que concedem assistência emergencial ao governo, a fim de permití-lo que cumpra suas obrigações”.
“O aumento nos preços de bens alimentares e combustíveis, diante do declínio da moeda local, devastou o poder de compra de nossos cidadãos”, acrescentou o primeiro-ministro.
O Iêmen é assolado por violência desde 2014, quando rebeldes houthis tomaram grande parte do país, incluindo a capital Sana’a.
A crise escalou no ano seguinte, com uma intervenção militar liderada pela Arábia Saudita, com intuito de reverter os ganhos territoriais do grupo ligado ao Irã e restabelecer o governo aliado. Estados Unidos e Grã-Bretanha apoiam a coalizão do Golfo.
A guerra ceifou mais de 377 mil vidas e deixou 80% da população — estimada, no total, em 30 milhões de pessoas — dependente de assistência humanitária para sobreviver, segundo dados compilados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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