Uma organização humanitária fundada por um refugiado sírio está recebendo ucranianos na Romênia, que compartilha 650 km de fronteira com o território invadido pelo exército russo.
A Refugee4Refugees está socorrendo refugiados ucranianos na Europa, ao lhes oferecer alimentos, roupas, assessoria jurídica e abrigo, segundo informações da rede ABC News.
Omar Alshakal fugiu da guerra civil na Síria em 2014, quando tinha 17 anos, e chegou à Grécia após permanecer à deriva por 14 horas no litoral da Turquia.
“O que tentamos oferecer aqui é uma área segura para que as pessoas possam descansar algumas horas durante a noite”, declarou Omar à agência de notícias.
Dois dias após deflagrar-se a intervenção militar russa contra o país vizinho, já havia 64 mortes civis, segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). No último domingo (4), este mesmo índice estava em 1.430 vítimas.
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Milhares de pessoas estão sem luz ou água; casas, hospitais e escolas foram bombardeados.
Uma cova coletiva de 14 metros foi encontrada em Bucha, perto de Kiev, capital da Ucrânia. Jornalistas reportaram corpos com ferimentos a bala na cabeça e as mãos atadas às costas: indícios de execução sumária.
Voluntários de diversas organizações reúnem-se na fronteira de Siret, norte da Romênia, para receber os refugiados e lhes proporcionar uma refeição quente. Bombeiros ajudam as famílias com suas bagagens e tendas.
Mais de dez milhões de pessoas deixaram suas casas na Ucrânia após a invasão russa, em 24 de fevereiro, entre deslocados internos e requerentes de asilo no exterior. Países europeus, como Hungria, Polônia e Romênia, mantiveram suas fronteiras abertas até então.
Aproximadamente 609 mil pessoas chegaram à Romênia; 2.3 milhões de refugiados atravessaram à Polônia, que reivindica recursos para suprir a demanda.
A União Europeia conferiu aos ucranianos o direito de residir e trabalhar nos países-membros por três anos, incluindo acesso a assistência social, habitação, tratamento médico e ensino às crianças.