A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) adotou nesta quarta-feira (6) uma resolução para asseverar nulidade de todas as ações israelenses cujo intuito é alterar a identidade e o status legal de Jerusalém ocupada.
As informações são da agência de notícias Xinhua.
Durante sua 214ª sessão em Paris, o Conselho Executivo da Unesco aprovou a resolução proposta pela Jordânia, em coordenação com associações palestinas, árabes e islâmicas.
“A resolução pede a Israel que suspenda seus atos de provocação e procedimentos unilaterais e ilegais contra Haram al-Sharif [Esplanada das Mesquitas] … incluindo Al-Aqsa, a Cidade Velha de Jerusalém e seus muros históricos”, confirmou a reportagem.
Um porta-voz da chancelaria jordaniana observou que o texto reafirma as 21 resoluções sobre Jerusalém deferidas previamente pelo Conselho Executivo, além de onze resoluções do Comitê de Patrimônio Mundial.
As determinações internacionais manifestam receio sobre a reiterada negativa de Israel, como potência ocupante, de interromper esforços de escavação, construção de túneis e outras obras ilegais nas terras palestinas de Jerusalém Oriental.
A nova resolução, segundo Amã, reforça a posição de tutela da Jordânia sobre a Cidade Velha de Jerusalém e seus santuários cristãos e islâmicos, além de recomendar o envio de uma missão da Unesco à região para inspecionar violações.
Uma outra resolução foi aprovada com foco em temas de patrimônio e educação do povo palestino, sobretudo em apoio à grade curricular das escolas árabes.
O Ministro de Relações Exteriores da Autoridade Palestina Riyad al-Maliki agradeceu ambos os voto do conselho, ao citar “violações sistemáticas e generalizadas conduzidas por Israel, como potência ocupante, contra os direitos do povo palestino”.
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