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A decisão da Turquia de transferir o caso Khashoggi para a Arábia Saudita não é política, afirma burocrata turco

Cerimônia de comemoração realizada em frente ao Congresso dos EUA no aniversário da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, em 2 de outubro de 2021 [Yasin Öztürk/Agência Anadolu]

A decisão da Turquia de interromper e transferir o julgamento de suspeitos sauditas pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi para a Arábia Saudita, após aprovação do Ministério da Justiça da Turquia, não é uma decisão política, disse um burocrata turco de alto nível na sexta-feira, relatou a Reuters.

O assassinato de Khashoggi no consulado saudita em Istambul, quatro anos atrás, levantou um clamor global e pressionou o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Na época, Ancara havia criticado duramente as autoridades sauditas e seu tratamento da investigação, mas desde então reduziu as críticas em um esforço para reparar os laços.

Na quinta-feira, um tribunal turco suspendeu e transferiu o caso para a Arábia Saudita, em uma decisão que foi condenada por grupos de direitos humanos.

“Foi um julgamento em andamento e um processo legal. Não fomos nós, nem os políticos, nem o governo que encaminhou esse caso para a Arábia Saudita. Os tribunais fizeram isso”, disse o burocrata em uma reunião com jornalistas estrangeiros.

A pessoa disse que a aprovação do Ministério da Justiça era “apenas uma questão técnica”.

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