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Casa Branca defende venda de jatos à Turquia como benefício aos EUA e OTAN

Piloto turco participa da missão de ‘policiamento aéreo’ da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), na 22ª Base de Comando em Malbork, Polônia, 27 de agosto de 2021 [Cüneyt Karadağ/Agência Anadolu]

A Casa Branca, sob a presidência de Joe Biden, encaminhou uma correspondência ao congresso na qual defende a potencial venda de jatos combatentes F-16 à Turquia em nome de interesses nacionais e da união da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

A carta, compartilhada com a agência Reuters, sucede uma solicitação turca, submetida em outubro, para comprar 40 jatos de guerra e 80 kits para modernizar sua frota. Em março, o presidente Recep Tayyip Erdogan informou que as negociações progrediam positivamente.

Em 2020, sob o governo de Donald Trump, Washington havia sancionado a Turquia pela aquisição do sistema russo S-400, além de remover o aliado na OTAN do programa F-35.

Na ocasião, a Casa Branca alegou o sistema de defesa S-400 poderia ser utilizado por Moscou para obter dados clandestinos sobre o programa F-35, além de ser inacessível à monitoria da OTAN. Ancara, no entanto, insiste que sua compra não representa risco à coalizão.

Naz Durakoglu, chefe do Departamento de Estado para Assuntos Legislativos, reconheceu em carta ao congressista Frank Pallone as tensões sobre a venda de armas à Turquia; no entanto, argumentou que manter as sanções representariam “um preço substancial a ser pago”.

“Nossa gestão crê que há uma aliança de longa data e interesses de capacidade com a OTAN, além da própria segurança nacional dos Estados Unidos e benefícios econômicos, embasados por laços comerciais adequados com a Turquia”, destacou Durakoglu.

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“A venda proposta demanda notificação do Congresso caso o Departamento de Estado decida aprová-la”, continuou. “Reiteramos nosso compromisso com a tramitação estabelecida para o comércio de defesa, incluindo supervisão parlamentar”.

Durakoglu enfatizou ainda as contribuições ativas de Ancara à OTAN, além de seu apoio à “cooperação de defesa e integridade territorial da Ucrânia”, ao descrever tais ações como “importante elemento de dissuasão a influência maléficas na região”.

O Departamento de Estado não confirmou a autenticidade da carta, mas um oficial de alto escalão, em condição de anonimato, corroborou à imprensa que a Washington “valoriza de maneira veemente sua parceria com a Turquia”.

“Estados Unidos e Turquia tem laços de defesa profundos e duradouros e a operabilidade de Ancara junto da OTAN permanece uma prioridade”, reafirmou a fonte.

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