A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu à comunidade internacional que aja com urgência e tome medidas tangíveis para promover os direitos humanos, a dignidade humana e a justiça na Síria e resolver o caso de pessoas desaparecidas.
Isso ocorreu em uma sessão realizada pela Assembleia Geral da ONU na sexta-feira para ouvir uma declaração da Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, sobre a situação dos direitos humanos na Síria.
Em seu discurso aos membros da assembleia, Bachelet expressou: “É essencial que a comunidade internacional responda à magnitude e ao horror das violações e dos crimes cometidos na Síria com ações concretas para defender mais fortemente os direitos humanos, a dignidade humana e a justiça”.
Bachelet também acrescentou que é preciso agir rapidamente e que a comunidade deve ser proativa, porque as vítimas e suas famílias não merecem nada menos.
O alto comissário mencionou as famílias dos desaparecidos na Síria, enfatizando: “É urgente que eles sejam informados sobre o destino e paradeiro de seus entes queridos e tenham permissão para visitá-los ou se comunicar com eles”.
Ela observou uma clara falta de progresso na abordagem dessa tragédia, apesar do conflito sírio entrar em seu décimo segundo ano.
“A situação atual, o paradeiro e o destino de dezenas de milhares de pessoas ainda são desconhecidos. Dezenas de milhares de sírios foram arbitrariamente privados de sua liberdade em condições adversas e muitas vezes foram submetidos a tortura e maus-tratos, além da exposição de homens e mulheres, bem como crianças, incluindo meninos com menos de 11 anos, à violência sexual durante a detenção”, acrescentou Bachelet.
A Rede Síria para os Direitos Humanos estima o número de detidos e desaparecidos forçados na Síria em mais de 151.000, de acordo com um relatório divulgado em meados de março de 2022, para marcar o décimo primeiro aniversário da revolução síria.