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Canadá deve seguir Reino Unido e reaver venda de armas à Turquia, afirma chanceler

Ministro de Relações Exteriores da Turquia Mevlut Cavusoglu durante fórum diplomático em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, em 21 de março de 2022 [Fatih Azgın/Agência Anadolu]

O Canadá deve juntar-se ao Reino Unido e revogar a proibição sobre a exportação de armas a Ancara, declarou o chanceler turco Mevlut Cavusoglu, devido à proeminência regional de seu país como membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), diante da guerra na Ucrânia.

Cavusoglu expressou suas expectativas na última quinta-feira (7), durante coletiva de imprensa em Bruxelas, capital da Bélgica, onde encontrou-se com ministros de política externa da OTAN.

Conforme seu relato, Cavusoglu conversou com sua homóloga britânica Liz Truss. A reunião deu sequência ao diálogo iniciado em março pelo Primeiro-Ministro do Reino Unido Boris Johnson e o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan.

“Londres suspendeu suas restrições às exportações”, insistiu o ministro. “Estamos satisfeitos”.

Cavusoglu mencionou que a prioridade do regime turco é a aquisição de motores para suas aeronaves de combate TFX, um modelo de combate que Ancara busca desenvolver há anos.

Em outubro de 2019, Reino Unido, Canadá e outros membros da OTAN interromperam a venda de armas à Turquia, assim como licenças de exportação que poderiam ser utilizadas para atacar forças curdas que integram a oposição na Síria.

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Tais licenças são fundamentais para obter componentes críticos aos projetos militares de Ancara, incluindo jatos e drones de guerra. A matéria reiterou a dependência turca sobre insumos estrangeiros, apesar dos esforços para fortalecer sua indústria doméstica.

Com o fim da proibição britânica, a cooperação entre as partes voltou a ganhar tração. Em março, o diretor responsável pela indústria militar do Ministério da Defesa destacou que a principal corporação turca começou a trabalhar com a marca Rolls-Royce para produzir os motores do TFX.

A guerra na Ucrânia, deflagrada pela invasão russa em 24 de fevereiro, levou a cúpula da OTAN a perceber a Turquia – seu principal membro a oriente – como agente estratégico para mediar o conflito e conferir assistência ao país sob ataque.

Neste contexto, estados-membros como Reino Unido e Canadá, que até então descreviam seus aliados turcos como um “fardo”, passaram a se aproximar de Erdogan, ao sugerir seu quadro de diplomacia como potencial avalista de um processo de paz.

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