Parlamentares iranianos estabeleceram condições para retornar ao tratado nuclear de 2015, incluindo garantias aprovadas pelo Congresso dos Estados Unidos para que Washington não volte a revogá-lo, reportou neste domingo (10) a imprensa estatal do Irã.
As informações são da agência de notícias Reuters.
Há quase um ano, Teerã e Washington estão engajados em conversas indiretas na cidade de Viena, com intuito de restaurar o pacto assinado em 2015 e revogado três anos depois pelo então presidente americano Donald Trump.
Em resposta à política de “máxima pressão” do líder republicano, o Irã passou a violar gradualmente suas restrições sob o acordo nuclear.
As negociações, no entanto, permanecem paralisadas, à medida que ambas as partes trocam acusações sobre a necessidade de atos políticos decisivos para concluir o processo.
As condições, neste momento decisivo, podem dificultar a assinatura de um acordo final, ao limitar o espaço de manobra dos negociadores.
“Os Estados Unidos devem conceder garantias legais … para que não abandone novamente o pacto”, insistiu um comunicado assinado por 250 congressistas, segundo a agência Tasnim. O parlamento iraniano é composto 290 membros no total.
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A carta também observou que, sob um novo pacto, a Casa Branca não deve “utilizar pretextos para deflagrar o mecanismo de snapback”, no qual sanções poder ser restituídas de imediato.
“As sanções suspensas sob o novo acordo não devem ser restituídas e Teerã não deve ser alvo de novas sanções”, acrescentou o documento.
Ainda neste domingo, o chanceler iraniano Hossein Amirabdollahian solicitou do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden que emita ordens executivas para suspender parte das sanções, como demonstração de “boa vontade” para ressuscitar o acordo.