O presidente da Lista Árabe Conjunta no Knesset israelense (parlamento), Ayman Odeh, disse ontem que recebeu “dezenas” de ameaças de morte depois de visitar a Cidade Velha de Jerusalém no domingo e pedir aos árabes que servem nas forças de segurança de Israel que abaixem suas armas, relatou o Arab48.com. Odeh destacou que está coletando as mensagens para apresentá-las aos oficiais de segurança do Knesset.
Durante sua visita à Cidade Velha, ele estava no Portão de Damasco quando disse: “Jovens palestinos com cidadania israelense me disseram que foram prejudicados e humilhados. É humilhante para um de nossos filhos se juntar às forças de segurança da ocupação. As forças aqui estão humilhando nosso povo, humilhando nossas famílias e humilhando todos que vêm orar [na Mesquita de Al-Aqsa]”.
Sua posição, disse ele, é que ele estará com o povo para acabar com a ocupação assassina, para que a Palestina se levante, as bandeiras palestinas sejam hasteadas nos muros de Jerusalém e a paz se espalhe na terra da paz.
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“Os jovens não devem se juntar às forças de ocupação. Joguem a arma na cara deles e digam que nosso lugar não é com vocês. Não faremos parte da injustiça e do crime. Nosso lugar é com justiça e verdade, contra a ocupação”, continuou Odeh. “Nosso lugar é o lugar natural, uma parte nobre do povo árabe palestino, e em uma guerra justa para acabar com a ocupação criminosa. Para que a paz repouse na terra da paz.”
Após essas observações, a polícia israelense entrou em contato com o Gabinete do Procurador do Estado para verificar se havia algum incitamento, informou o Jerusalem Post. O jornal também noticiou que o Likud MK Shlomo Karhi havia contatado outros parlamentares em um esforço para angariar apoio para o impeachment de Odeh.