Houve pedidos generalizados para uma investigação sobre a misteriosa morte de Ayman Hadhoud, um economista crítico das políticas econômicas do presidente Abdel Fattah Al-Sisi.
Hadhoud, 48, foi um membro fundador do Partido Liberal de Reforma e Desenvolvimento. Antes de ser declarado morto, ele estava desaparecido desde o início de fevereiro, em meio a temores de que fosse torturado sob custódia.
De acordo com registros oficiais, Hadhoud desapareceu em 6 de fevereiro e morreu em 6 de março enquanto estava detido no Hospital de Saúde Mental Abbasiya, no Cairo, mas seu corpo não foi entregue a seus parentes até 9 de abril.
“O partido, os amigos e os irmãos de Hadhoud a princípio preferiram não divulgar suas condições de saúde temporárias por respeito à privacidade”, disse o Partido da Reforma e Desenvolvimento em comunicado.
O comunicado afirma ainda que o partido “aguarda os resultados finais da investigação do Ministério Público para decidir a responsabilização legal se houver negligência médica ou administrativa no hospital”.
A família de Hadhoud, disse o comunicado, não foi notificada sobre sua admissão no hospital e a equipe do centro negou que ele estivesse recebendo tratamento lá em mais de uma ocasião.
Os egípcios acreditam que ele foi vítima de “desaparecimento forçado” pelas autoridades.
LEIA: Detidos no Egito iniciam greve de fome para protestar contra as duras condições, diz Anistia