O número de palestinos sob detenção administrativa nas cadeias de Israel aumentou a 650 pessoas, reportou nesta segunda-feira (18) o Comitê de Prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Segundo comunicado, o aumento recente decorreu da campanha de prisão perpetuada por Israel nos territórios ocupados de Jerusalém e Cisjordânia.
A ong israelense B’Tselem explicou: “Um indivíduo em detenção administrativa é mantido em custódia sem julgamento ou sequer ofensa, por supostamente planejar violar a lei no futuro”.
O grupo de direitos humanos reiterou que o mandado israelense carece de procedimentos legais, outorgado pelo comandante militar regional, com base em evidências confidenciais.
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“Israel recorre rotineiramente à detenção administrativa; ao longo dos anos, pôs milhares de palestinos atrás das grades por períodos entre meses a anos, sem indiciá-los, informá-los das acusações ou divulgar as provas a eles ou seus advogados”, acrescentou a B’Tselem.
Recentemente, prisioneiros palestinos sob detenção administrativa decidiram boicotar as cortes israelenses por ao menos 108 dias, como protesto à política arbitrária da ocupação.
Mais de 4.450 palestinos permanecem presos nas cadeias de Israel, incluindo 32 mulheres, 160 menores de idade e mais de 400 indivíduos com diversas doenças, sob condições precárias que incluem negligência médica, denunciam organizações de direitos humanos.
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