Mais de 700 colonos ilegais israelenses adentraram à força ao complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, nesta quinta-feira (21), segundo informações da imprensa palestina, corroboradas pela agência de notícias Anadolu.
Em nota, o Waqf Islâmico de Jerusalém, órgão que gerencia os lugares sagrados da cidade, sob custódia da Jordânia, advertiu que 762 colonos invadiram a área e permaneceram no local por três horas e meia.
Logo antes da incursão colonial, policiais sionistas entraram no complexo e evacuaram fiéis muçulmanos, segundo testemunhas. Soldados dispararam balas de borracha e granadas de efeito moral no pátio e no interior da mesquita.
O Crescente Vermelho da Palestina comentou o episódio: “Nossas equipes trataram um ferido em Al-Aqsa, atingido por uma bala de borracha no rosto, e então encaminhado a um hospital”.
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Não há confirmação sobre baixas, mas a polícia israelense alegou em nota que duas pessoas foram feridas dentro da mesquita, onde fiéis protestavam contra a invasão colonial sionista.
As incursões adotam como pretexto a Páscoa judaica (Pesach), feriado no qual 3.670 colonos invadiram o complexo sob escolta policial durante toda a semana, salvo sexta-feira e sábado.
A rádio estatal israelense alegou que a polícia interromperá as incursões, a partir de amanhã (22) até o Eid al-Fitr, feriado islâmico que marca o final do Ramadã. Com a retirada da polícia sionista, as portas de Al-Aqsa foram reabertas aos muçulmanos.