O Catar pediu proteção ao povo palestino e seus locais sagrados em meio às violações israelenses na Jerusalém Oriental ocupada, informou a Agência Anadolu.
O Catar “exorta a comunidade internacional, especialmente o Conselho de Segurança, a assumir suas responsabilidades de proteger o povo palestino e suas santidades religiosas e parar as violações flagrantes de seus direitos”, disse Sheikha Alya bint Ahmed Al Thani, delegada permanente do Catar na ONU, em um comunicado citado pela agência de notícias estatal QNA durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira.
Ela reiterou a condenação do Catar de “atacar adoradores indefesos, prendê-los e obstruir a realização de seus ritos religiosos”.
“As tentativas de prejudicar o status histórico e legal existente dos locais sagrados islâmicos e cristãos na Jerusalém Oriental ocupada e judaizá-los, dividir temporal e principalmente a abençoada Mesquita de Al-Aqsa, e minar a liberdade de oração muçulmana nela, são rejeitados, nulos e sem efeito, pois contradizem o direito internacional e as resoluções das Nações Unidas”, disse o comunicado.
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A delegada do Catar afirmou o apoio de seu país à firmeza dos palestinos.
“Doha continuará a fornecer assistência humanitária ao povo palestino, sobretudo para melhorar as condições de vida na Faixa de Gaza, que ainda está sob o cerco injusto”, acrescentou.
As tensões estão em alta nos territórios palestinos desde o início de abril, em meio a repetidas campanhas de prisão israelenses na Cisjordânia ocupada e incursões diárias de colonos no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental.
A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do mundo para os muçulmanos. Os judeus chamam a área de “Monte do Templo”, dizendo que era o local de dois templos judaicos nos tempos antigos.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde Al-Aqsa está localizada, durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967. Anexou a cidade inteira em 1980, em um movimento nunca reconhecido pela comunidade internacional.