Pilotos do avião da EgyptAir que caiu no Mar Mediterrâneo matando todas as 66 pessoas a bordo em 2016 estariam fumando na cabine, o que provocou um incêndio no cockpit, de acordo com um novo relatório enviado por especialistas em aviação franceses ao tribunal de apelação de Paris.
O voo partiu do Aeroporto Charles de Gaulle de Paris e tinha como destino o Cairo, mas desapareceu dos radares em 19 de maio de 2016 e caiu ao sul da ilha grega de Creta, onde a caixa preta foi encontrada.
Egito, Grécia, França, Inglaterra, Chipre, Itália e um avião de patrulha da Marinha dos EUA trabalharam juntos para procurar o avião depois que ele desapareceu do radar.
As próprias autoridades egípcias nunca divulgaram um relatório sobre o acidente fatal, mas na época disseram que explosivos foram encontrados nos restos mortais das vítimas e que o terrorismo foi a causa provável do acidente.
Isso foi mais tarde refutado pelo escritório de aviação civil da França, que disse que era mais provável que um incêndio tenha eclodido no cockpit que se espalhou e resultou na perda de controle do avião. Na época, eles não sabiam a causa exata do incêndio.
Esse último documento enviado ao tribunal de apelação de Paris no mês passado revelou que um cigarro que um dos pilotos estava fumando acendeu o oxigênio vazando da máscara do copiloto, relatou o jornal italiano Il Corriere della Sera.
Fumar na cabine não estava proibido no momento do acidente, de acordo com o relatório.
O relatório foi compilado após um exame mais aprofundado dos dados da caixa preta em que os investigadores podiam ouvir o silvo do oxigênio da máscara, cuja válvula foi colocada na posição de emergência que permite que o oxigênio seja liberado a uma pressão mais alta.
Os juízes franceses estão investigando o caso, pois 15 das pessoas a bordo eram francesas. Entre os mortos estão 30 egípcios, 15 franceses, dois iraquianos e um britânico.
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