O Presidente do Egito Abdel Fattah el-Sisi alegou ter permanecido ao lado de seu falecido antecessor Mohamed Morsi, durante o breve governo da Irmandade Muçulmana.
Sisi negou alegações de sedição, ao insistir que conspirar contra Morsi seria solapar o país.
“Antes da Irmandade chegar ao poder, eu disse ao conselho militar: ou temos um país com a Irmandade ou não temos nação alguma, vocês escolhem”, destacou o general, a despeito de políticas adotadas para criminalizar o grupo político.
“Deus inspirou-me no momento com honestidade e juízo”, vangloriou-se. “A Irmandade chegou ao poder e riscos materiais, assim como a distorção do papel do exército, perduraram um ano e meio, incluindo a morte de cidadãos nos eventos de Mohamed Mahmoud, Maspero, Porto Said e Praça Tahrir; em seguida, confrontos eclodiram no Egito e poderíamos ter perdido todo o país e todo o exército”.
Sisi era Ministro da Defesa em 2013, quando destituiu Morsi em um violento golpe militar.
Morsi — primeiro presidente democraticamente eleito do país — foi preso por “espionagem”, mas faleceu durante seu julgamento em junho de 2019. Familiares e organizações de direitos humanos acusam as autoridades de negligência médica deliberada.
Após o golpe, a Irmandade Muçulmana foi criminalizada no Egito.
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