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Rússia se recusa a desculpar-se com Israel por comentário de Lavrov sobre Adolf Hitler

Ministro de Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov, em 26 de abril de 2022 [Maxim Shipenkov/AFP via Getty Images]

O Kremlin negou os apelos israelenses para que o chanceler russo Sergei Lavrov peça desculpas por um comentário sobre supostas raízes judaicas do líder nazista Adolf Hitler, reportou a rede de notícias Al-Watan nesta quarta-feira (4).

Lavrov fez seu comentário no domingo (1°), durante entrevista à emissora italiana Rete 4, ao insistir na missão russa de “desnazificar” a Ucrânia. O pretexto é duramente criticado, pois o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy é judeu.

“Quando dizem ‘que tipo de nazificação se somos judeus’, recordo que Hitler também tinha origens judaicas; então não significa nada”, declarou Lavrov na televisão. “Por muito tempo, ouvimos judeus conscientes constatarem que alguns dos maiores antissemitas eram judeus”.

O premiê israelense Naftali Bennet manifestou indignação: “Tais mentiras têm intuito de acusar os próprios judeus dos crimes mais hediondos da história humana, cometidos contra nós. O uso do Holocausto para razões políticas precisa ter fim”.

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O chanceler sionista Yair Lapid alegou: “O fundo do poço do racismo antijudaico é acusar os próprios judeus de antissemitismo”.

Tais prerrogativas, no entanto, não impediram o Partido Trabalhista do Reino Unido de instigar alegações de “antissemitismo” contra 42 membros judeus, denunciou o grupo Jewish Voice for Labour em dezembro último.

O processo contra Diana Neslen, de 82 anos, foi retirado apenas em fevereiro, após a veterana trabalhista ameaçar processar o partido. As pessoas investigadas são, em maioria, críticos da ocupação sionista, o que corrobora a ideia de que Israel utiliza acusações de “antissemitismo” como arma política contra opositores legítimos.

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