As autoridades da Jordânia emitiram, na sexta-feira (06), um alerta contra o plano israelense de despejar 1.300 palestinos que vivem em oito vilarejos nas colinas de South Hebron, segundo um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias Petra.
O comunicado, divulgado pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Jordânia, Haitham Abu al Foul, também alertou contra os planos israelenses de aprovar a construção de 4.988 unidades de assentamentos ilegais em outras áreas da Cisjordânia ocupada.
“A expansão dos assentamentos é uma violação flagrante da lei e das resoluções internacionais”, disse o comunicado.
“Abu al Foul enfatizou que a política de assentamentos israelenses, seja no estabelecimento seja expansão de assentamentos, na tomada de terras ou no deslocamento forçado de palestinos, é uma política ilegal que é rejeitada e condenada”, acrescentou o comunicado.
Essa declaração veio quando os moradores palestinos de Masafer Yatta, em South Hebron Hills, prometeram ficar, apesar da decisão da Suprema Corte de Israel na noite de quarta-feira de que o exército israelense poderia expulsá-los de suas oito aldeias.
As vidas de milhares de palestinos no sul da Cisjordânia estão estagnadas há mais de quatro décadas, desde que a terra que eles cultivavam e onde viviam foi declarada zona de tiro e treinamento militar por Israel.
Declarar uma determinada terra como zona de tiro e treinamento militar por Israel é uma introdução ao deslocamento de seus moradores palestinos para serem substituídos por colonos israelenses ilegais.
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