Mais de 6.5 milhões de crianças dependem de assistência humanitária na Síria para sobreviver, maior índice registrado desde o início da guerra civil há onze anos, reportou neste domingo (8) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
“Milhões de crianças carentes continuam a viver com medo e incerteza na Síria e nos países vizinhos”, destacou Adele Khodr, diretora regional da Unicef em comunicado.
Segundo as informações, mais de 6.5 milhões de crianças dependem de ajuda na Síria e cerca de 5.8 milhões de crianças sírias nos países vizinhos.
Khodr reiterou que as famílias lutam para sobreviver, sobretudo devido à imensa carestia de produtos básicos — em parte, devido à invasão russa na Ucrânia.
A Unicef recebeu “menos da metade dos recursos necessários para este ano”, alertou Khodr, com impacto grave na capacidade da agência de prover as populações carentes com socorro humanitário.
“A crise da Síria não acabou ainda”, reiterou o comunicado da Unicef, ao observar que 13 mil crianças foram mortas ou feridas desde 2011, incluindo 213 vítimas fatais durante o primeiro trimestre de 2022”.
Quase meio milhão de pessoas morreram desde o início do conflito na Síria, em 2011, que levou ao maior deslocamento de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial.
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