O exército israelense demoliu nesta segunda-feira (9) quatro casas palestinas no norte da Cisjordânia ocupada, sob pretexto de que foram construídas sem alvará. Solicitações para construção civil dos nativos palestinos raramente são deferidas pela ocupação.
Duas das residências eram localizadas na aldeia de Beit Dajan, a leste de Nablus. De acordo com Tawfiq al-Hajj Muhammad, chefe do conselho local, soldados israelenses invadiram a aldeia nas primeiras horas da manhã.
“As duas casas começaram a ser construídas há cerca de um ano e meio e estavam na fase final de suas obras”, explicou Muhammad. “Cada um dos andares possuía área total de 400 m²”.
As autoridades israelenses declararam a área como “zona de disparos”, a fim de confiscar as terras para uso militar. No entanto, Tel Aviv costuma utilizar essa prerrogativa para limpar o local de seus habitantes nativos e substituí-los por colonos ilegais.
Residentes locais protestaram contra as demolições. Em resposta, soldados israelenses dispararam gás lacrimogêneo.
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Em Khirbet Ainun, a leste de Tubas, outras duas estruturas residenciais foram demolidas por tropas israelenses. De acordo com a televisão local, dois cômodos de 100 m² também foram desmantelados por falta de alvará.
Os palestinos não podem reformar ou expandir suas casas na chamada Área C; autorizações para tanto são quase impossíveis de obter.
Os Acordos de Oslo de 1995 dividiram a Cisjordânia em três zonas: Área A, sob administração nominal da Autoridade Palestina; Área B, sob gestão militar israelense e civil palestina; e Área C, sob controle absoluto da ocupação. A Área C abrange 60% da Cisjordânia ocupada.