Analistas descartaram operações israelenses para executar líderes do Hamas na diáspora, reportou a rede de notícias Quds Press. A possibilidade de “assassinatos direcionados” foi mencionada neste domingo (9) pelo jornal britânico The Times.
Israel supostamente alertou seus aliados de suas intenções. Contudo, segundo a rede Quds Press, o objetivo era precisamente evitar uma batalha aberta entre tropas da ocupação e a resistência palestina na Faixa de Gaza sitiada.
“O assassinato de líderes palestinos por Israel, contudo, não afetaria as facções de resistência tampouco sua força de dissuasão”, reafirmou Suhail al-Hindi, membro do gabinete político do Hamas. Al-Hindi citou execuções prévias de fundadores e líderes dos movimentos nacionais.
“Os grupos de resistência melhoraram suas capacidades e se tornaram mais eficazes do que nunca”, acrescentou. Portanto, alertou al-Hindi, uma retaliação seria “destrutiva”.
O analista político Fayez Abu Shammaleh sugeriu que o establishment sionista “busca por alvos” porque é incapaz de suprir os custos de sua batalha contra a resistência em âmbito doméstico. “Os líderes políticos querem agradar aqueles indignados com seu fracasso em impedir ataques da resistência palestina. Enquanto isso, Israel busca meios para evitar as consequências de tamanha operação”.
Abu Shammaleh afirmou que o comportamento das autoridades israelenses e as divergências entre comandantes militares e líderes políticos comprova a eficácia dos grupos de resistência.
“Israel sabe que a política de assassinatos não é eficiente, dado que muitas operações contra líderes da resistência foram lançadas e nenhuma de fato afetou a capacidade de responder à ocupação”, concluiu Shammaleh.
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