A Autoridade Palestina pediu, na segunda-feira (09), que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue o plano de Israel de expulsar os moradores de doze aldeias palestinas em Masafer Yatta, ao sul da cidade ocupada de Hebron, na Cisjordânia.
“O deslocamento forçado de cidadãos pela potência ocupante, Israel, em Masafer Yatta, e a aprovação da demolição de doze aldeias lá, é um crime de guerra e um crime contra a humanidade”, disse o ministro da Justiça da AP, Mohammad Shalaldeh, a jornalistas. “Israel deve ser responsabilizado por isso.”
Shalaldeh pediu que o promotor do TPI, Karim Khan, abrisse imediatamente uma investigação sobre todas essas violações. Além disso, disse ele, Israel deveria ser forçado a implementar todas as resoluções relevantes da ONU, especialmente a Resolução 2334 sobre assentamentos ilegais.
“A comunidade internacional deve agir, particularmente em termos de justiça representada pelo TPI, para responsabilizar e processar aqueles que cometem esses crimes de guerra e crimes contra a humanidade, e abrir processos contra eles, começando com o primeiro-ministro israelense até colonos e soldados”, disse o ministro. “Nosso povo tem o direito, com base no direito internacional, de resistir em questões relacionadas ao princípio do direito à autodeterminação, para acabar com a ocupação [israelense]”.
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O funcionário da AP acrescentou que, como parte do dever de seu ministério de ajudar os cidadãos de Masafer Yatta, abrirá processos legais contra a potência ocupante e os colonos para responsabilizar legalmente Israel por suas ações. Seus comentários seguiram a decisão da Suprema Corte de Israel de manter uma decisão anterior de demolir as aldeias em Masafer Yatta e deslocar milhares de palestinos para construir assentamentos ilegais para colonos judeus.
O movimento israelense coincide com o 74º aniversário da Nakba palestina, quando gangues terroristas sionistas forçaram mais de 700.000 palestinos a deixar suas casas, vilas e cidades para criar o Estado de ocupação de Israel. A limpeza étnica dos palestinos por parte de Israel está em andamento, como demonstra a decisão de Masafer Yatta.