Soldados da ocupação israelense mataram a tiros Shireen Abu Akleh, jornalista da Al Jazeera, na manhã desta quarta-feira (11), durante invasão à cidade de Jenin, norte da Cisjordânia ocupada.
Conforme o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP), Abu Akleh foi baleada por munição real na cabeça e transferida às pressas a um hospital, onde foi declarado óbito.
Outro repórter, Ali al-Samudi, também foi baleado por arma de fogo nas costas. Segundo as informações, o estado de al-Samudi é estável.
Waleed al-Omari, diretor regional da Al Jazeera em Ramallah, comentou o caso: “Parece que ela foi baleada por um sniper israelense”. Segundo al-Omari, a jornalista estava em uma área relativamente distante de um protesto palestino contra a invasão israelense a Jenin.
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Al-Omari desmentiu, portanto, a alegação israelense de que houve tiroteio no local, ao qual tropas da ocupação supostamente responderam.
“Durante uma operação no campo de refugiados de Jenin, suspeitos dispararam uma enorme quantidade de balas contra nossos soldados, além de aparatos explosivos”, insistiu o exército sionista. “Nossas forças dispararam de volta. Alvos foram atingidos”.
O exército afirmou ainda “analisar a possibilidade de jornalistas feridos, potencialmente por tiros palestinos”.
Um paramédico palestino contestou a versão israelense.
Em nota, a Al Jazeera reiterou que a ocupação “assassinou a sangue frio” sua correspondente. Destacou: “Trata-se de um assassinato flagrante, em violação das leis e normas internacionais. A rede Al Jazeera condena este crime hediondo, que busca impedir a imprensa de cumprir seu dever”.