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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Assassinato de Shireen choca lideranças parlamentares e movimentos sociais brasileiros

Deputado federal Paulo Pimenta e o vereador Lamé, da cidade de Guarulhos/SP [Arte khawla Elian]

A notícia do assassinato de Shireen Abu Akleh,  com um tiro desferido contra a cabeça da jornalista da Al Jazeera, que estava perfeitamente identificada como integrante da imprensa, repercutiu em todos os espaços políticos e midiáticos, entre organizações e lideranças sociais no Brasil, e amplificou as denúncias do apartheid israelense e  os apelos pela responsabilização de Israel pelos crimes contra palestinos. Uma investigação completa, externa e independente, tem sido exigida internacionalmente.

No Congresso Nacional, parlamentares se manifestaram na tribuna e por documentos. A Frente Parlamentar pelo Povo Palestino, composta por deputados e senadores de diversos partidos,  emitiu uma nota de denúncia e pesar pelo assassinato. Integrante da frente, o deputado Paulo Pimenta se pronunciou em plenário em nome do Partido dos Trabalhadores, denunciando a ocupação israelense pela morte da jornalista que desenvolvia um corajoso trabalho de cobertura da situação palestina sob ataques constantes. O crime também repercutiu em câmaras legislativas municipais, como ocorreu na cidade de Guarulhos, com a denúncia feita pelo vereador Lamé,  também jornalista de profissão, que apontou a banalização do assassinato de jornalistas. “As vitímas são sempre aquelas que levam a verdade à população”, afirmou.

O silenciamento da jornalista repercutiu entre as organizações participantes do Fórum Mundial de Mídia Livre, que realizou sua última sétima edição no México, no âmbito do Fórum Social Mundial 2022, onde um dos temas foi o papel da imprensa na cobertura da ocupação da Palestina. No Brasil. Muna Namura, da Cisjordânia, e Rita Natsheh, de Jerusalém, difundiram a denúncia, com imagens, testemunhos e postagens de mídia que se propagaram nas redes logo nas primeiras horas.  Um vídeo com as imagens da jornalista caída, enquanto um colega gritava por socorro – impossibilitado pela ameaça de novos disparos –  e outro vídeo mostrando um grupo de palestinos que se manifestavam contra a ocupação em frente à casa de Shireen também circularam nas listas brasileiras.

A Federação Democratica Internacional de Mulheres divulgou no Brasil e na América Latina um comunicado do Centro Regional Árabe da organização condenando energicamente o “assassinato premeditado e planejado da jornalista de Jersusalém” e responsabilizando plenamente “a entidade sionista ocupante pelo crime, assim como pelo clime de atentar contra a liberdade de imprensa”.  O apelo da federação é para que a comunidade internacional condene e responsabilize as autoridades da ocupação, com as sanções máximas aos perpetradores do crime atroz.

Organizações da Frente em Defesa do Povo Palestino, formada por entidades, estudantes, lideranças políticas e sociais, que se reuniam para organizar o ato do 74º aniversário da Nakba, em 15 de maio, ampliou a convocatória para manifestações que exijam justiça para Shireen e os palestinos.

Um ato está sendo proposto também ao Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, por organizações da Frente Palestina e do Fórum Mundial de Mídia Livre no Brasil.

LEIA: Haverá apelos por justiça a Shireen Abu Akleh ou Israel continuará seus assassinatos?

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