Rashida Tlaib, congressista democrata pelo estado de Michigan, juntou-se ao coro de repúdio internacional sobre a morte de Shireen Abu Akleh, repórter da rede Al Jazeera, executada por soldados israelenses na Cisjordânia ocupada, nesta quarta-feira (11).
Tlaib — primeira deputada palestino-americana dos Estados Unidos — denunciou a impunidade e o “financiamento incondicional” consagrado por Washington à ocupação israelense.
“Quando o mundo e aqueles aliados ao apartheid israelense — que continua a matar, torturar e cometer crimes de guerra — enfim dirão: Basta?”, indagou Tlaib no Twitter. “Shireen Abu Akleh foi morta por um governo que recebe financiamento incondicional de nosso país, com absoluta impunidade”.
When will the world and those who stand by Apartheid Israel that continues to murder, torture and commit war crimes finally say: "Enough"?
Shireen Abu Akleh was murdered by a government that receives unconditional funding by our country with zero accountability. https://t.co/c2yLpM7UC1
— Rashida Tlaib (@RashidaTlaib) May 11, 2022
“Uma jornalista americana, claramente marcada com credenciais de imprensa, foi assassinada”, destacou Tlaib. “Fazer e dizer nada apenas permite mais mortes. Sejam palestinos, americanos ou outros, as mortes auxiliadas por recursos dos Estados Unidos devem ter fim!”
Na manhã desta quarta-feira, tropas israelenses executaram Shireen Abu Akleh, jornalista da rede Al Jazeera, enquanto um grupo de repórteres cobria uma operação militar no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
O exército israelense afirmou “investigar a possibilidade de que os jornalistas foram atingidos por atiradores palestinos”. A versão, todavia, foi contestada com evidências pela organização de direitos humanos B’Tselem.
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Abu Akleh, cidadã palestino-americana de 51 anos, vestia capacete e colete com identificação de imprensa. Contudo, um tiro disparado à distância atingiu seu rosto, debaixo de sua orelha. Ao tentar resgatá-la, seus colegas também foram alvejados.
Nações Unidas, Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Europeia condenaram o episódio e reivindicaram uma investigação detalhada e independente.