Palestinos estão batizando seus bebês recém-nascidos em homenagem a Shireen Abu Akleh, jornalista da Al Jazeera assassinada por Israel na manhã desta quarta-feira (11), na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
Jamal Harbi Omran, da aldeia de Burin, ao norte da cidade de Nablus, comentou a homenagem: “Acordamos com a notícia da morte da repórter da Al Jazeera; duas horas depois, minha esposa fez uma césarea no Hospital de Rafidia. Era uma menina, que chamei de Shireen”.
Omran destacou sentir uma perda pessoal pela morte de Abu Akleh: “Estamos acostumados a ouvir sua voz há anos, principalmente após a invasão israelense da Cisjordânia [2002]”. Batizar sua filha de Shireen, segundo o pai, é parte de seu “autoconsolo após tamanha perda”.
Omran tem esperanças de sua filha cresça e se interesse por jornalismo, como Abu Akleh.
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Thaer Dwaikat, comerciante do campo de refugiados de Balata, ao leste de Nablus, também batizou sua filha em memória da repórter: “Crescemos ouvindo a voz de Shireen Abu Akleh. Acompanhamos seu trabalho desde o início da Intifada [2000] até seu martírio”.
Nascida em Jerusalém, em 1971, Shireen Abu Akleh, era correspondente da rede Al Jazeera desde 1997, e possuía cidadania palestina e estadunidense. A jornalista foi baleada e morta enquanto cobria uma invasão militar israelense ao campo de refugiados de Jenin.