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Vítimas no Iêmen caíram pela metade desde cessar-fogo, diz ONG

Veículos danificados e crianças iemenitas são vistos após um ataque realizado com veículo aéreo não tripulado pelos houthis apoiados pelo Irã em Taizi, Iêmen, em 4 de maio de 2022 [Abdulnasser Alseddik/Agência Anadolu]

As baixas civis no Iêmen diminuíram em mais de 50 por cento desde o início da trégua de dois meses no início do mês passado, de acordo com um comunicado de imprensa ontem do Conselho Norueguês para Refugiados (NRC, na sigla em inglês).

Citando dados do Projeto de Monitoramento do Impacto Civil, antes do cessar-fogo mediado pela ONU, que começou no mês do Ramadã, 213 civis foram feridos ou mortos. No mês seguinte, isso foi reduzido para 95.

“Os números são uma prova clara dos benefícios da trégua. Durante o último mês, muitas famílias foram poupadas de ter suas vidas destruídas pela perda de membros da família para uma guerra sem sentido. Para o bem do povo iemenita e seu futuro, nós esperamos que as partes do conflito estendam a trégua”, disse Erin Hutchinson, diretora do Iêmen para o NRC.

A trégua nacional começou em 2 de abril depois que um acordo foi alcançado entre as facções em conflito no conflito que já dura mais de sete anos, custou a vida de mais de 300.000 pessoas e levou à pior crise humanitária do mundo.

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No entanto, embora os dados tenham mostrado uma “redução significativa” no número de vítimas de ataques aéreos, disparos de artilharia e tiros, a organização humanitária observou que o número de feridos ou mortos por minas terrestres e munições não detonadas permaneceu o mesmo ou maior.

“O fato de pessoas ainda estarem sendo feridas e mortas por minas terrestres e dispositivos explosivos improvisados ​​mostra a necessidade crítica de uma paz duradoura, para que esses resquícios de guerra possam ser removidos e mais vidas salvas”, enfatizou Hutchinson.

“Pedimos às partes em conflito que cumpram seus compromissos e trabalhem para encontrar uma solução pacífica para este conflito, que já matou e mutilou milhares e privou milhões de seus meios de subsistência”, acrescentou.

Na terça-feira (10), o enviado especial da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg, chegou à cidade portuária de Aden, no sul, para uma visita de dois dias e teve reuniões com Rashad Al-Alimi, presidente do recém-formado Conselho de Liderança Presidencial, e outros altos funcionários do governo reconhecido internacionalmente para discutir as recentes violações da trégua e instou as partes em conflito a defender o cessar-fogo.

ASSISTA: ONU planeja impedir derramamento de petróleo na costa do Iêmen

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