Federação Internacional de Jornalistas quer levar o caso de Shireen à Corte de Haia

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) pretende incluir a denúncia do assassinato da jornalista palestina  Shireen Abu Akleh no caso aberto recentemente pela entidade junto ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

A queixa já existente alega que o ataque sistemático de Israel a jornalistas que trabalham na Palestina e sua falha em investigar adequadamente os assassinatos de trabalhadores da mídia equivalem a crimes de guerra.

A morte de Shireen veio confirmar essa denúncia.

O secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger, disse que, “embora todos os detalhes deste horrível assassinato ainda estejam surgindo, depoimentos de jornalistas que estavam com ela quando ela foi morta apontam para que este seja outro ataque deliberado e sistemático a um jornalista.”

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A FIJ, que representa entidades de jornalistas de todo mundo,  destaca o fato de que “os coletes, claramente identificados, foram alvos de franco-atiradores israelenses, não estavam ao lado de manifestantes, não eram uma ameaça – foram alvejados para impedi-los de testemunhar e dizer a verdade sobre a ação israelense em Jenin.”

Bellanger anunciou, em nota da federação internacional: “Vamos procurar adicionar este caso à queixa do TPI apresentada pela FIJ, detalhando tal direcionamento sistemático a jornalistas”.  O apelo também foi divulgado pela Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) no Brasil.

 

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