Nesta sexta-feira (13), policiais israelenses agrediram palestinos que participavam do velório de Shireen Abu Akleh, jornalista da Al Jazeera morta a tiros pela ocupação. A procissão ocorre nas ruas de Jerusalém Oriental.
Testemunhas reportaram à agência Anadolu que soldados atacaram a procissão logo no início, quando partiu do Hospital Francês de Sheikh Jarrah, bairro de Jerusalém marcado por ataques coloniais e ameaças de deslocamento contra a população nativa.
Policiais cercaram os participantes e utilizaram bombas de efeito moral e cassetetes para agredir os indivíduos que carregavam o caixão de Abu Akleh.
As forças israelenses permitiram alguns poucos palestinos a acompanhar o corpo até a Cidade Velha de Jerusalém, onde Abu Akleh será sepultada, no Cemitério Protestante de Monte Sião.
Shireen Abu Akleh, reporter com mais de duas décadas de experiência, cobria a invasão militar de Israel ao campo de refugiados de Jenin, quando foi baleada na cabeça, na quarta-feira (11).
A rede Al Jazeera, sediada em Doha, assim como o governo do Catar e a Autoridade Palestina culparam tropas israelenses pelo disparo. Estados e organizações condenaram o episódio, ao reivindicar uma investigação detalhada e independente.
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