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Países europeus pedem que Israel pare de planos para mais assentamentos ilegais na Cisjordânia

As forças de segurança israelenses bloqueiam as entradas da vila de Burqah, na Cisjordânia, perto do posto avançado israelense ilegal Homesh, antes de um protesto de colonos israelenses, em 23 de dezembro de 2021 [Jaafar Ashtiyeh/AFP via Getty Images]

Quinze países europeus instaram, na sexta-feira (13), Israel a interromper os planos para mais assentamentos ilegais na Cisjordânia, de acordo com um comunicado oficial, conforme divulgado pela Agência Anadolu.

“Estamos profundamente preocupados com a decisão do Conselho Superior de Planejamento de Israel de avançar os planos para a construção de mais de 4.000 unidades habitacionais na Cisjordânia”, disseram porta-vozes dos ministérios das Relações Exteriores da França, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Noruega, Polônia, Espanha e Suécia.

“Instamos as autoridades israelenses a reverter essa decisão”, acrescentou o comunicado.

“As novas unidades habitacionais constituem um obstáculo adicional à solução de dois Estados”, acrescentou.

O comunicado disse que os assentamentos israelenses estão em “clara violação da lei internacional e impedem uma paz justa, duradoura e abrangente entre israelenses e palestinos”.

“Essa decisão, assim como as demolições e os despejos que afetam as populações palestinas em Jerusalém Oriental e na Área C, ameaçam diretamente a viabilidade de um futuro Estado palestino”, acrescentou.

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As nações da UE também pediram a Israel que “não prossiga com demolições ou despejos planejados, sobretudo em Masafer Yatta”.

Ecoando a declaração conjunta, um porta-voz do Escritório de Relações Exteriores, Comunidade e Desenvolvimento do Reino Unido disse: “O Reino Unido está preocupado com a decisão do governo de Israel de avançar na construção de mais de 4.000 novos edifícios de assentamentos na Cisjordânia ocupada”.

“A posição do Reino Unido é que os assentamentos são ilegais sob a lei internacional. Instamos Israel a reverter essa decisão”, acrescentou o porta-voz.

As declarações vieram depois que a UE, na quinta-feira (12), condenou a recente aprovação de Israel dos planos para expandir os assentamentos israelenses ilegais na Cisjordânia ocupada.

“A União Europeia condena e deplora profundamente a aprovação de hoje, pelas autoridades israelenses, de planos para avançar mais de 4.400 unidades habitacionais, expandindo ainda mais os assentamentos ilegais em toda a Cisjordânia ocupada”, disse o chefe de Política Externa da UE, Josep Borrell, em comunicado.

Na sexta-feira anterior, a Turquia também condenou os planos de expandir os assentamentos israelenses ilegais.

A Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, é vista como território ocupado sob a lei internacional, tornando assim todos os assentamentos judaicos ilegais.

Tal qual a Turquia e grande parte da comunidade internacional, a UE não reconhece a soberania de Israel sobre os territórios que ocupou desde 1967.

Desde 2001, a UE instou repetidamente Israel a pôr fim a todas as atividades de colonização e a desmantelar os colonatos existentes.

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