Um tribunal de Berlim confirmou, na sexta-feira (13), a proibição de todas as manifestações palestinas do “Dia da Nakba” que estavam programadas para ocorrer na capital alemã neste fim de semana, informou o jornal Tagesspiegel, com sede em Berlim.
O tribunal administrativo proibiu cinco manifestações palestinas, porque era um risco de violência ou chamadas inflamatórias ou antissemitas, informou a Agência Anadolu.
Reagindo à proibição, o grupo cívico palestino Palestine Speaks criticou fortemente a proibição de suas manifestações como um ataque aos direitos básicos de liberdade de reunião e liberdade de expressão.
“A proibição dos eventos comemorativos pela polícia de Berlim restringe os palestinos na Alemanha em seus direitos fundamentais e é preocupante em vários níveis, de acordo com os padrões de um Estado constitucional democrático”, disse o grupo em comunicado.
“Os eventos comemorativos da Nakba são uma maneira importante para nós, palestinos, na Alemanha, lembrarmos a injustiça perpetrada contra nossos ancestrais e defendermos os direitos humanos dos palestinos em todos os lugares”, de acordo com um porta-voz não identificado do Palestine Speaks.
Grupos palestinos anunciaram que protestariam contra as políticas de Israel no dia da Nakba (Catástrofe), especialmente no sábado e no domingo.
As manifestações foram planejadas por causa do chamado Dia Memorial Nakba, que os palestinos relembram todos os anos em 15 de maio para comemorar o deslocamento de centenas de milhares de palestinos na primeira guerra do Oriente Médio, em 1948.
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Líderes civis palestinos em Berlim repetidamente deixaram claro que não toleram insultos antissemitas em suas manifestações, dizendo que seu único objetivo é destacar a repressão israelense em curso nos territórios palestinos ocupados.
A Alemanha é um fervoroso aliado de Israel e tem repetidamente silenciado sobre a contínua e brutal repressão de Israel na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.