A União Europeia (UE) condenou, na sexta-feira (13), o “uso desproporcional da força” pelas forças de ocupação israelenses durante o cortejo fúnebre da jornalista morta da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh, informou a Agência Anadolu.
“A União Europeia está chocada com as cenas que se desenrolam” no cortejo fúnebre de Abu Akleh na Jerusalém Oriental ocupada, anunciou o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, em comunicado.
Ele afirmou que o bloco condena “o uso desproporcional da força e o comportamento desrespeitoso” da polícia israelense contra os enlutados.
Borrell também destacou que é “o mínimo respeito humano” permitir uma despedida pacífica “sem assédio e humilhação”.
Ele reiterou o apelo da UE para uma “investigação completa e independente” sobre a morte da veterana jornalista palestino Abu Akleh.
Milhares de palestinos participaram do funeral da jornalista morto durante uma invasão israelense ao campo de refugiados de Jenin.
A polícia israelense usou granadas de efeito moral, gás lacrimogêneo e cassetetes contra os enlutados, o que deixou dezenas de feridos, de acordo com um comunicado do Crescente Vermelho Palestino.
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A jornalista estava cobrindo um ataque militar israelense perto do campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, quando foi morta a tiros na quarta-feira (11).
O Ministério Público Palestino anunciou na sexta-feira que a investigação inicial descobriu que as forças de ocupação israelenses atiraram em Abu Akleh.