Manifestantes realizaram um protesto neste domingo (15) em frente à sede da rede BBC em Londres, após o assassinato da jornalista palestina Shireen Abu Akleh por um franco-atirador israelense. Durante o ato, os ativistas exibiram 55 “coletes de imprensa” feitos de papel para representar os 55 jornalistas mortos por Israel desde 2000.
Neste domingo, Londres foi tomada por 15 mil ativistas que protestaram contra a Nakba ainda em curso — ou “catástrofe”, como é chamada a criação do Estado de Israel, em 15 de maio de 1948, via limpeza étnica.
“O ataque de Israel contra Shireen e o desrespeito das forças da ocupação em seu funeral neste sábado é revoltante”, observou Shamiul Joarder, diretor de assuntos públicos na ong Friends of Al-Aqsa (FOA). “Marchamos da BBC até a sede do governo para demandar sanções contra Israel pelos 74 anos de seus hediondos crimes de guerra”.
Manifestantes também exibiram 74 chaves para rememorar os 74 anos da ocupação ilegal da Palestina. Em 1948, cerca de 750 mil palestinos foram expulsos de suas terras por milícias sionistas para dar lugar a colonos; muitos dos refugiados ainda guardam a chave de suas casas.
Outras imagens incluíram cartazes com manchetes da BBC denunciadas como tendenciosas, além de marcas de mãos para promover a campanha #HandsOffAlAqsa, que exige o fim das agressões israelenses na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada.
Os manifestantes também escreveram mensagens de condolências por Shireen, em um memorial instalado em frente ao escritório da rede BBC
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