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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Palestinos e seus apoiadores em toda a América Latina comemoraram o aniversário da Nakba

Manifestantes, reunidos na Rua Rui Barbosa, no bairro Bela Vista, e marchando para o Estádio do Pacaembu com bandeiras e faixas, protestam contra os ataques israelenses à Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental em São Paulo, Brasil, em 16 de maio de 2021 [Cristina Szucinski/Agência Anadolu]

Muitos eventos foram realizados em toda a América Latina no 74º aniversário da Nakba Palestina, tanto oficiais quanto populares. A Nakba — Catástrofe — foi a limpeza étnica da Palestina e a criação do estado sionista de Israel por gangues terroristas ajudadas pelas autoridades do Mandato Britânico. Mais de 750.000 palestinos foram expulsos de suas casas e aldeias sob a mira de armas. Desde então, pelo menos 500 cidades e vilarejos palestinos foram arrasados por Israel no esforço de judaizar a Palestina histórica.

Com mais de 15.000 palestinos mortos durante a Nakba, os refugiados fugiram para Cisjordânia, Faixa de Gaza e países árabes vizinhos. Eles e seus descendentes nunca tiveram permissão para cumprir seu direito legítimo de retornar à sua terra.

Brasil

  • Um evento organizado por instituições palestinas e árabes no Brasil, juntamente com grupos da sociedade civil que apoiam a causa palestina, foi realizado na Praça Palestina, em São Paulo, para comemorar a Nakba e condenar o assassinato da jornalista palestina Shireen Abu Akleh por um franco-atirador israelense na semana passada.

Oradores e participantes lembraram o direito legítimo do povo palestino de retornar à sua terra e estabelecer um Estado independente. Eles condenaram os ataques a todos os jornalistas palestinos e pediram à comunidade internacional que cumpra seu dever e processe os responsáveis pelos contínuos crimes israelenses contra o povo da Palestina ocupada.

  • O grupo Amigos da Palestina e a Liga de Parlamentares por Al-Quds organizaram um evento online que reuniu muitos representantes federais, ativistas e defensores dos direitos do povo palestino de vários países da América Latina. Os participantes discutiram a realidade da causa palestina mais de sete décadas após a Nakba. Eles foram lembrados a continuar resistindo ao projeto sionista e afirmando o apoio dos países latino-americanos ao povo palestino e seus direitos.
  • Em seus discursos, muitos políticos brasileiros fizeram questão de enfatizar o direito do povo palestino de estabelecer um Estado independente. Eles também condenaram, nos termos mais fortes, o assassinato brutal da jornalista palestina Shireen Abu Akleh enquanto ela fazia seu trabalho cobrindo a incursão militar de Israel na cidade de Jenin.
  • Na cidade de Recife, capital do estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil, uma de suas praças públicas recebeu o nome de Palestina. O vereador Ivan Moraes explicou que os moradores do Recife que são descendentes de palestinos são importantes para a cidade histórica e culturalmente. “A cidade tem mais de cinco mil moradores palestinos”, destacou. “Como tal, é a maior comunidade palestina do Brasil.”
  • A Federação Brasileira de Imprensa condenou com veemência o assassinato da jornalista palestina Shireen Abu Akleh e exigiu uma investigação sobre o assassinato e a punição do(s) autor(es) do crime. A federação também enfatizou a importância da liberdade de imprensa e a necessidade de os jornalistas palestinos serem protegidos de ataques regulares do Estado de ocupação.
  • O cartunista brasileiro de origem libanesa Carlos Latuff desenhou muitas charges denunciando o assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh e lembrando a todos sobre a Nakba na Palestina e a tragédia de seu povo.

Argentina

  • Vários eventos oficiais e populares foram realizados na Argentina para comemorar o septuagésimo quarto aniversário da Nakba. Muitos membros do parlamento argentino, liderados por Julia Perie, declararam que vão continuar a luta pelos direitos palestinos. Eles também condenaram veementemente o assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh e exigiram proteção para os jornalistas palestinos que são submetidos a ataques sistemáticos do Estado de ocupação.

Chile

  • No Chile, a comunidade palestina – que é a maior comunidade da diáspora palestina do mundo – realizou muitos eventos para comemorar o Dia Nakba e denunciar o assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh. Muitos monumentos históricos e torres tinham a bandeira palestina e as fotos de Shireen Abu Akleh projetadas neles.

Peru, Bolívia, México e Venezuela também testemunharam muitos eventos populares e oficiais para comemorar a Nakba e denunciar o assassinato de Shireen Abu Akleh. Autoridades desses países falaram sobre os direitos legítimos do povo palestino e o estabelecimento de um Estado independente da Palestina.

O ministro das Relações Exteriores do Peru exigiu uma investigação eficaz e independente sobre o assassinato de Abu Akleh.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela descreveu a Nakba como um “ato desprezível que ameaçava a vida e os direitos humanos”.

LEIA: A Nakba palestina não terminou em 1948; está em curso

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Palestina: quatro mil anos de história
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